Nos corredores da Famecos, perpetua-se um sentimento de indignação. Por decisão do Supremo Tribunal Federal, extinguiu-se a exigência do diploma de jornalismo para que se trabalhe nesse meio. O inicial choque - e natural perplexidade - foi sucedido por tentativas de organização de protestos contra a medida, o que, como se percebe, não acarretou em nada. O burburinho é grande, dir-se-ia que a maioria dos estudantes do curso de jornalismo estão ocupados no debate - unilateral - do tema. Unilateral, pois só se ouve, seja no CAAP, seja no saguão da faculdade, argumentos de uma única visão e, por meu juízo, pobres na defesa do diploma.
Ora, a decisão do STF é discutível? Sim. Apóia-se em premissas falaciosas? Sem dúvidas. Porém, é necessário que aja bom senso por parte de nós, alunos, ao se discutir a questão. Chega de repetir sempre as mesmas ladainhas, de que a concorrência a partir de agora será desleal, que o salário do profissional diplomado irá diminuir, ou que a medida é um golpe profundo contra a "democracia brasileira" (sic).
E agora, José, o diploma caiu, o STF aprovou, e agora José? Agora, José, mais do que nunca, preocupe-se em se qualificar, em se instruir. Para um profissional qualificado, tenha ele diploma ou não, raios, a concorrência NÃO EXISTE. Não se preocupe, José, com a possibilidade de mais pessoas poderem ser seus colegas. Preocupe-se em aprimorar sua escrita, em adquirir mais e mais bagagem cultural, preocupe-se em ir a teatros, ouvir músicas e preocupe-se, acima de tudo, em não fazer com que a pedra, pequena e desprezível, se transforme em uma muralha intransponível, José.
Fábio Viecili
quarta-feira, 1 de julho de 2009
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